Vim (me) escrever e me perdi antes de começar. O que é que eu tô fazendo aqui?
Pensei hoje, antes de dormir como medida desesperada para fugir da noite de Natal: tá foda sem você.
Eu ainda estou tentando entender o que é que me trouxe, mas prossigo.
Pensei em você e já não te associo a uma imagem. Eu não sei quem você é. O passado conhecido, o futuro desejado? E eu que bem sei qual é o desejo, já não sei quem é você, objeto.
Eu que te tive até ontem, agora te imagino outro. O meu futuro já não é seu, é daquele ali, em quem ando pensando. A pessoa em quem ando pensando ainda não existe pra mim, mas eu permaneço acreditando que se o desejo for muito grande, virará matéria.
Matéria de 30 anos de vivência e um monte de certezas na cabeça. Matéria que vem e cuida, mas vai e se afirma. Matéria que já conseguiu e deseja complementar. Matéria que chama de linda e faz planos. Matéria daquilo que completa sem anular e faz virar mulher.
Eu, que ainda não sei se você (matéria, objeto, desejo, corpo) existe, cessarei o pensamento (como medida desesperada pós noite de natal), mas insisto: tá foda sem você.
vem, cara.
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