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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

se

Se alguém quisesse me ouvir todos os dias, todos os dias eu contaria dele. Eu contaria do amor que aconteceu de cara e ninguém acredita. Eu contaria da poesia escrita nos papeis guardados e das mãos dadas no escuro. Eu contaria do meu mundo que ele revirou umas 50 vezes. Eu contaria da pessoa que ele me ensina a ser.

Se alguém quiser ouvir meus sonhos eu conto que todas as noites eu sonho acordada. Mesmo se o corpo tiver quase partindo pra outra dimensão, mesmo se a cabeça já tiver lá. Nesse sonho o cenário é sempre o mesmo: eu, ele, umas palavras bonitas e um vazinho de flor na janela. Ah, e esse amor todo também.

Se alguém me perguntar de dúvida eu diria que ela sempre nadou em uma certeza absurda. Tão absurda que nem a gente acreditou. Tão absurda que ela precisou gritar. Tão absurda que ela só se fez entender no silêncio.

Se alguém olhasse meus cadernos acharia mil cartas de amor. Entre todos os registros solitários ou compartilhados, sempre acharia um tracinho dele. Porque se alguém me olhasse no mais fundo de mim, acharia ele também.

Se alguém alguém me perguntar se o mar existe, afirmo: existe. Mas por ele e por nós vale engolir cada gotinha do oceano. Por ele, por mim, por aquilo tudo que as vezes faz parecer que o mar nem tá lá.

Se alguém perguntar, sim:
Acredito. Fui. Fico. Escolhi. Estou. Quero. Espero. Tenho. Decidi. Aconteceu. Amo. Sonho. Faço. SIM.

Se você perguntar, e eu sei que nem perguntou, avisa pra ele que ainda bem que ele me achou. Eu tava esperando a vida inteira.







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